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sábado, 24 de setembro de 2011

Neutrino ‘mais veloz que a luz’ põe físicos em suspense

Entre a cautela e a apreensão, comunidade científica aguarda seminário nesta sexta que discutirá medições de partículas viajando a uma velocidade acima da luz. Caso sejam confirmadas, a física pode mudar para sempre
Jones Rossi e Marco Túlio Pires
cern opera

O detector de partículas Opera, do CERN: ali foi descoberto neutrino que ultrapassou a velocidade da luz (Divulgação)

"Se for provado que o neutrino viaja acima da velocidade da luz, os teóricos terão que quebrar a cabeça para pacificar essa observação com tudo que já construímos e verificamos estar correto."

A revelação feita por cientistas do CERN de queflagraram partículas viajando acima da velocidade da luz — algo até agora considerado impossível — pôs a comunidade científica em suspense. Entre a cautela e o assombro, muitos físicos apostam em um possível erro do laboratório europeu. Mas, dada a respeitabilidade do centro científico que criou o acelerador de partículas LHC, todos aguardam o seminário que será realizado nesta sexta-feira para discutir as medições e, mais ainda, futuras tentativas de reproduzir o mesmo experimento. A cautela é compreensível: caso a descoberta se confirme, a física como a conhecemos poderá mudar para sempre.

Em entrevista ao site de VEJA, o físico brasileiro Ernesto Kemp disse ser bem possível que esteja errada a velocidade dos neutrinos medida no trajeto de 732 quilômetros entre o CERN, em Genebra, na Suíça, e o detector de partículas OPERA, em Gran Sasso, na Itália. Contudo, o cientista está apreensivo porque conhece o trabalho do OPERA. Kemp trabalha no laboratório ao lado: é colaborador do Large Volume Detector (LVD), um experimento que também mede neutrinos, mas vindos do espaço e não do CERN. "Conheço o trabalho dos pesquisadores do OPERA e eles não teriam publicado um dado assim se não tivessem certeza das medições que fizeram."


Incerteza -
Em entrevista à revista Science, Chang Kee Jung, porta-voz de outro experimento que faz a detecção de neutrinos, chamado T2K, explica que a parte complicada neste tipo de estudo é medir com precisão o tempo entre a criação da partícula e o momento em que ela atinge o detector. A medição depende do Sistema Global de Posicionamento, ou GPS, e a margem de erro pode chegar a dezenas de nanossegundos, diz ele, e não apenas 10, como o grupo do CERN afirma ter conseguido.De acordo com Kemp, apesar de o LVD não ter recebido o mesmo ajuste fino que o OPERA para analisar o feixe de neutrinos, seu experimento nunca detectou tamanha discrepância. "Pelo contrário, sempre percebemos que os neutrinos viajavam dentro da velocidade da luz, em concordância com a Teoria da Relatividade", disse.

Em 2007, Philippe Gouffon, professor do Departamento de Física Experimental do Instituto de Física da USP, também observou neutrinos acima da velocidade da luz em uma pesquisa feita na universidade, publicada noPhysical Review D, periódico da Sociedade Americana de Física. Ele afirma, contudo, que o resultado foi descartado por estar dentro do intervalo de incerteza, comum nesse tipo de experimento. "Vamos rever nossos experimentos", disse ao site de VEJA.

Erro sistemático - De acordo com Gouffon, o experimento do CERN ainda precisa ser confrontado: há uma série de erros possíveis. Assim como apontou Chang Kee Jung naScience, Gouffon também citou a possibilidade de um erro de sincronização no GPS. "E há outro problema: os próprios aparelhos de GPS são feitos baseados na Teoria da Relatividade", diz. "É como tentar medir um erro no instrumento usando o próprio instrumento."

Desvios metodológicos deste tipo acabam influindo em todo o experimento. É o que os cientistas chamam de "erro sistemático", o que explicaria por que 16.000 medições feitas pelos cientistas do CERN podem estar todas erradas. De qualquer forma, adverte Gouffon, é preciso esperar pelo seminário que ocorrerá nesta sexta-feira para confirmar os resultados. "Será chocante se isso estiver correto."

Revoluções - Kemp explica que se os resultados estiverem corretos, a revolução será profunda, mas não irá invalidar as descobertas já feitas a partir da Teoria da Relatividade, pilar da física moderna, em que Albert Einstein postulou que a velocidade da luz não depende de referencial e nada pode ultrapassá-la.

"Einstein não invalidou o mundo todo construído a partir da mecânica clássica", disse Kemp. "Quando propôs a Teoria da Relatividade, ele estava tentando pacificar várias observações físicas que não eram compatíveis teoricamente. Agora, se for provado que o neutrino viaja acima da velocidade da luz, os teóricos terão que quebrar a cabeça para juntar essa observação a tudo que já construímos em uma teoria única." O pesquisador lembra que tudo na ciência é feito com muita cautela e em passos de formiga. Daí a necessidade de replicar diversas vezes o experimento.

Ficção científica - Se confirmada, a descoberta pode dar margem a desdobramentos que hoje só a ficção científica pode vislumbrar. "Quando você postula a existência de partículas que são mais rápidas que a luz, elas teriam acesso a regiões do espaço-tempo antes proibitivas. Aí é domínio da especulação e ficção científica: seria possível voltar no tempo, alimentando equações da mecânica quântica com partículas mais rápidas que a luz com acesso a regiões do espaço-tempo no passado", diz Kemp. "Uma coisa é certa: se for verdade, é uma espécie de revolução. Muita coisa terá que ser revista e tudo isso é muito empolgante."



fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-do-cern-e-recebida-com-cautela-e-entusiasmo-ao-mesmo-tempo


quarta-feira, 15 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Físicos conseguem capturar antimatéria por 16 minutos

Cientistas fizeram um grande progresso na busca incessante pela antimatéria, um tipo de matéria rara no universo: eles conseguiram “prendê-la” por mais de 16 minutos em laboratório, tempo considerado uma eternidade na física de partículas.

A antimatéria é como uma imagem espelhada da matéria. Para cada partícula de matéria (um átomo de hidrogênio, por exemplo), existe uma partícula de antimatéria correspondente (nesse caso, um átomo anti-hidrogênio) com a mesma massa, mas com carga oposta.

Na verdade, os cientistas disseram que aprisionar átomos de anti-hidrogênio, ou seja, isolar as tais partículas exóticas, se tornou tão rotineiro que eles esperam em breve começar experiências com a substância rara.

“Pegar” a antimatéria é difícil, porque quando ela entra em contato com a matéria, as duas se aniquilam. Assim, um recipiente de antimatéria não pode ser feito de matéria normal, mas geralmente é formado por campos magnéticos.

No novo estudo, os pesquisadores capturaram anti-hidrogênio através da mistura de antiprótons com pósitrons (antielétrons) em uma câmara de vácuo, onde se combinaram em átomos anti-hidrogênio.

Todo o processo ocorreu dentro de uma “garrafa” magnética que tira proveito das propriedades magnéticas dos antiátomos para mantê-los estáveis. Uma garrafa normal, feita de matéria comum, não seria capaz de segurar a antimatéria, porque quando os dois tipos de matéria se encontram, elas se aniquilam.

Depois que os pesquisadores “prenderam” a antimatéria na garrafa magnética, puderam detectar os antiátomos presos através do desligamento do campo magnético, permitindo que as partículas se aniquilassem com a matéria normal, o que cria um flash de luz.

A equipe já conseguiu captar 112 antiátomos nessa nova armadilha, em tempos que variam de um quinto de segundo a mil segundos, ou 16 minutos e 40 segundos. Até hoje, desde o início do projeto, os cientistas capturaram 309 átomos anti-hidrogênio em várias armadilhas.

A esperança dos pesquisadores é que, até 2012, eles tenham uma nova armadilha com acesso a laser para permitir experimentos de espectroscopia nos antiátomos, fornecendo mais informações sobre as propriedades da antimatéria.

Dessa forma, eles estariam mais perto de responder uma questão que tem afligido os físicos: por que há apenas matéria comum em nosso universo?

Os cientistas acreditam que a matéria e a antimatéria foram produzidas em quantidades iguais durante o Big Bang que criou o universo, há 13,6 bilhões anos. No entanto, hoje não há nenhuma evidência de galáxias ou nuvens de antimatéria, e ela é vista raramente e por períodos curtos, por exemplo, durante alguns tipos de decaimento radioativo antes de se aniquilar em uma colisão com matéria normal.[LiveScience]

fonte:

http://hypescience.com/fisicos-conseguem-capturar-antimateria-por-16-minutos/


domingo, 5 de junho de 2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cientistas elaboram mapa da gravidade da Terra

Cientistas elaboram mapa da gravidade da Terra


Veja como é a superfície da Terra considerando a gravidade sem a ação de marés e de correntes oceânicas:


O satélite Goce foi lançado em março de 2009 e já recolheu mais de 12 meses de dados sobre a gravidade. De acordo com a Esa, essas informações são essenciais para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo – e para entender como são afetados pelas mudanças climáticas.

A Esa também explica que os dados podem ajudar a entender mais profundamente os processos que causam terremotos, como o evento que assolou o Japão no dia 11 de março. Isso porque os terremotos criam “rastros” na gravidade, o que poderia ser usado para entender o processo que conduz catástrofes naturais e, assim, prevê-los.

A ideia dos pesquisadores da Esa é continuar medindo a gravidade até o final de 2012. O satélite Goce, responsável pelos dados, pesa uma tonelada e orbita a baixa altitude. Ele usa um equipamente específico para medir a gravidade.


sábado, 26 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011



Obama joga futebol com crianças na Cidade de Deus. O presidente americano faz roteiro no Rio de Janeiro neste domingo (20/3/11)

sexta-feira, 11 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

NOTICIA SEM SENTIDO

Morre ontem pelo um atropelamento de ônibus um ...

... cartucho de impressora !





EXPERIÊNCIA PRÓPRIA: coincidência ao pensar

Que ja pensou em uma coisa que nuca tivesse visto ou nem sabia que existia, e depois de um tempo você descobre essa coisa existi? A vezes tem pessoas que pensa em uma grade idéia e depois de um tempo se decepciona ao descobri que ja existia.