Moradores protestam contra criação de bairro
Protesto partiu de moradores do Luciano Cavalcante, insatisfeitos com a mudança do nome de parte da região para Patriolino Ribeiro. Em reunião com vereadores, viúva do engenheiro Luciano Cavalcante disse que não aceita alteração
10.12.2010| 01:30
- Mudar tamanho
A criação de um novo bairro em Fortaleza e o desconforto que isso causou nos moradores da região deram o mote para o surgimento do primeiro projeto de iniciativa popular protocolado na Câmara Municipal de Fortaleza.
A iniciativa é de lideranças comunitárias do bairro Engenheiro Luciano Cavalcante, que querem vetar um decreto legislativo proposto pelo vereador Vitor Valim (PHS), que muda o nome da área onde moram para bairro Patriolino Ribeiro. Além de parte do Luciano Cavalcante, o decreto muda o nome de toda a região do bairro Guararapes.
O decreto legislativo 26/10 foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 27 de maio, data a partir da qual passou a existir, oficialmente, o novo bairro no mapa da Capital.
Depois da pressão de líderes comunitários, uma comissão especial de vereadores foi formada para acompanhar o assunto. Ontem, a viúva do engenheiro Luciano Cavalcante, Simone Gadelha Cavalcante, ficou nervosa e gritou durante a primeira reunião da comissão especial. Ela não aceita que o bairro cujo nome é uma homenagem a seu marido perca um área economicamente importante.
Segundo o líder comunitário Humberto Ellery, equipamentos relevantes para a região – como a Faculdade 7 de Setembro (Fa7), as Faculdades Integradas do Ceará (Fic) e a própria sede da Câmara Municipal – estão agora dentro do bairro Patriolino Ribeiro, deixando o Luciano Cavalcante com uma área menor e sem o prestígio dessas instituições. A relação afetiva que os moradores têm com o bairro e seu nome também foi colocada à mesa na reunião com os vereadores.
Após a reunião, o vereador Guilherme Sampaio (PT) afirmou o fato de o decreto legislativo já ter passado por todos os trâmites legislativos e ter sido publicado no DOM pode ser um empecilho para uma nova mudança. Na próxima segunda-feira, a comissão volta a se reunir com os moradores. Dessa vez, na presença da assessoria jurídica da comissão, que analisarão a viabilidade legal do pedido de veto popular.
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